domingo, 15 de fevereiro de 2015

Flores

Em Minas Gerais, é comum ver florzinhas secas, nas mais diversas cores, sendo vendidas por artesãos locais. Não se sabe, entretanto, a história por detrás das pequeninas pétalas. Elas são o símbolo maior de uma cultura, uma tradição passada de geração a geração que vem sendo ameaçada pela incongruente política nacional de preservação para Unidades de Conservação. Este é o contexto em que vivem diversas famílias de coletores de sempre-vivas na Serra do Espinhaço em Diamantina, Minas Gerais. O que poderia ser uma solução e uma salvaguarda para a tradição e o trabalho de dezenas de famílias é ao contrário, motivo de preocupação. A entrada no Parque Nacional das Sempre-Vivas para a coleta de flores está restrita e as comunidades estão organizadas em busca de solucionar este problema*. Os fotógrafos J.R Ripper e Valda Nogueira estão na região acompanhando o período de coleta e ouvindo os relatos dessas famílias.

*Vale a pena lembrar que existem 12 tipos de unidades de conservação (Lei n° 9.985, de 2000, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC) sendo cinco de preservação integral e as outras de uso sustentável. Quando ocorre a realização do zoneamento das áreas que irão integrar a nova UC é compromisso do estado levar em conta os povos que se utilizam da área de maneira sustentável e integrá-los ao plano de gestão e manejo da área.   

Fotos: J.R Ripper
Texto: Ana Mendes













 


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